sexta-feira, novembro 10, 2006
Tia Fátima e Tio Alexandre
Estes tios são chamados de empréstimo, porque são da família do meu tio, como tal a mim não me são nada por laços de sangue, mas como fui criada com os meus tios, os tios dos meus primos ficaram meus também (confuso???).
A tia Fátima sempre a conheci de cabelo muito branco com um ar calmo, dócil, amiga e ternurenta.
O tio Alexandre, carequita dizia muitas vezes “rápido” em alemão para nos apressar, tambérm tem um ar sereno e calmo.
Viveram alguns anos na Almemanha, quando cá vinham de férias traziam uns rebuçados fantásticos, quando tinha eu uns 9 a 10 anos vieram definitivamente, tinham uma mercedes laranja de 9 lugares enorme, ainda hoje a têm, como tal costumavamos fazer fazer passeios em família e era o delirio... o único senão era a condução do tio Alexandre... que em cada viagem dava aos estômagos mais fracos 2 a 3 enjôs...
Têm 4 filhos, a Tina o Vitor o Paulo e o Luís, O Paulo e o Luís é que eram mais da minha idade, como tal adorava ir para casa deles brincar, e também havia a Susana que morava lá ao lado, como tal eramos 4, todos com diferenças de 1 ano.
Estes tios adoravam organizar festas de Natal, Carnaval, Páscoa, Ano novo, havia sempre almoço lanche e jantar com todas as famílias reunidas numa mesa, aliás 2 mesas a dos “miúdos” era sempre à parte ao lado da grande mesa que ainda hoje possuem e que ocupava toda a sala.
Estas festas costumavamos dizer que eram como a dos ciganos, duravam conforme os dias... era até a comida esgotar, eu adorava... era paródia de manhã à noite... bons tempos...
Um ano quando a Tina começou a namorar com o Carlos ainda se fez... mas as coisas começaram a azedar entre ele e o meu primo Toninho... como tal... desistiram em favor da nova família que se estava a formar, os miúdos também deixaram de ser crianças... e começou a não haver a piada de outrora.
A avó Maria morava com estes tios, tomava conta das crianças na nossa altura, e depois ainda tomou conta dos miúdos da Tina... mas a idade não perdoa e a saúde foi escasseando.
Hoje quase nunca os vejo, a não ser quando vou visitar a família e os encontro.
Dá-me uma certa nostalgia pensar nos belos tempos de infância que passei perto deles, sem dúvida que foram bons.
Para vós... tudo de bom.
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