terça-feira, outubro 31, 2006

Tia Odete


Como a definia a minha avó “Pespeneta”, sempre muito faladora com o volume sempre muito alto, vaidosa e fala barato... correção...ela fala de borla mesmo!!
É a filha mais nova da minha avó, e sempre lhe deu que fazer, não queria trabalhar, quando trabalhava gastava o dinheiro que fazia falta à casa todo em maquiagem e futilidades que não enxem barriga.
Andava sempre aos gatos, chegava a fugir de casa para andar por aí, a minha avó andava sempre a bater perna a trás dela...
Quando já não podia mais, pediu à minha Lídia se a conseguia mandar para Londres, podia ser que acentasse num lugar onde não conhecia ninguém...
Casou por lá com um Espanhol, o Florêncio... tadinho... passou bem nas suas mãos... fez dele gato e sapato.
Tiveram um filho o John, e aqui... nesta parte não me é fácil falar...
Falarei dele num post só dele...
Resumindo... foi má mãe, batia-lhe imenso... de partir o coração.
Arranjou outro marido o Manel, Portuguesito, e tiveram mais 3 filhos – Peter, Richard e a Liana, sempre quiz ter uma menina e lá conseguiu por fim.
São 3 pestes, mas pestes a valer!!!! Nunca vi nada assim tão mal educados que são!!!
O castigo tarda mas não falha...
Digamos que esta Sra está a pagar todo o mal que fez a todos.
Há muito pouco tempo... esta valente cadela, disse que viria a Portugal por 12 dias para ver a mãe, que está muito doente... ninguém sabe quando será o seu último dia...
Marcou o dia da chegada... e na hora esperada a Sra não apareceu... nem nos dias seguintes..
Chegou o suposto dia da partida... e nada...Acreditam que esta cabra esteve em Portugal, sabe deus onde... lá com as amigas ou o raio que a parta e não foi ver a mãe doente, ou ver se ela precisava de alguma coisa...quem sabe... despedir-se da mãe...
Grande Velhaca!!!
 
posted by Peste at 2:41 da tarde, | 1 Pestinhas

Prima Heidi




Filha da Tia Lídia e do Tio Andy.
A Heidi sempre foi muito temperamental, caprichosa mas era uma criança fantásticamente bela e delicada.
Andávamos sempre de candeias às avessas, ora pela lingua, ora por uma casmurrice dela enfim... não nos foi fácil o convivio em pequenas.
Aos 13 anos dela +- ela voltou de férias com a mãe a Portugal... fantástico o que aqueles ares fazem aos putos... já fumava e a mãe sabia e até lhe comprava tabaco... mas o feitio era o mesmo... quando eu não lhe fazias as vontades de ir aqui ou ali como ela queria... estava tudo estragado... vulgarmente queria ir para longe para ir fumar longe dos olhares reprovadores da família...
Fora os ataques de mau humor até que era uma garota amorosa, adorava comprar presentes, ria-se imenso.
A mãe passou um mau pedaço com ela lá por Londres, a adolescência foi terrivel, drogas, alcol, más companhias, cancro, enfim... aconteceu tudo e mais alguma coisa à bonequita.
Hoje tem 2 filhos, cada um de seu pai, vive sózinha num “flat” cedido pelo estado e é sustentada pelo estado e pela mãe.
Não se dá com o irmão, não só porque ele reprovou o seu comportamento sempre mas também porque ela o axa um ditador.
Namora com um rapaz chamado Ben, e já o trouxe cá o ano passado, pareceu-me um rapaz de cabecinha meia... (meio cheia/meio vazia)... mas é bom rapaz, paciente com ela e com as crianças o que é optimo.
Gostei muito mais de falar com ela agora, está um pouco mais madura e consciente do que a rodeia, está uma senhorita, não tão bela como em pequena, mas ainda muito bonita.
Continuarei a axar que lhe falta uma presença paternal.
Está de momento a recuperar de outro cancro, e a estudar, coisa que deveria ter feito muito antes... mas vai sempre muito a tempo.
Felicidades minha querida, desejo-te tudo de bom a ti e aos pequenitos – Gabrielle e Jack.
 
posted by Peste at 11:58 da manhã, | 0 Pestinhas
segunda-feira, outubro 30, 2006

Primo Paul



Em pequeno, era um pequeno princepe, sempre foi um menino sem grandes coisas, lembro-me que gostava mais dele que da Heidi sempre tempestiva.
Depois de longos anos sem nos vermos, voltou a Portugal com cerca de 16 anos, veio com a mãe passar férias, tudo correu sempre muito bem, lembro que dessa vez quis ir a Lisboa bater perna... bem... foi literalmente bater perna... eu já estava estoirada, mas ele... qual metro qual autocarro... foi Amoreiras, Av. Da Liberdade, terreiro do paço etc... tudo à lá pata... pufff... fico cansada só de pensar!!
Voltou a portugal uns anos mais tarde, e como já estava casada, convidei-o a ficar lá em casa :)... Mal sabia eu...
Irra que pessoa cheia de taras... dizia que nunca tinha fome, devia ser para não incomodar... mas quando via um prato na frente –Zás pás – já tás!!!
Banhos era de àgua gelada, nem abria a torneira de àgua quente... nem sei o que estas dão lá pa Londres... as nossas são inofensivas!!!!
Roupa para lavar tb nunca tinha... arrefanhava tudo e metia na mala... A mãe deve ter desmaiado quando a abriu...
Depois tinha uma coisa que odiava... íamos ao café ou beber um sumo ou um café, ele nunca queria nada, mas após alguma insistência lá pedia alguma coisa, mas assim que terminava... zunga nunga!!! Punha-se logo à porta, como se já estivesse despachado... resumindo... a conta era sempre pá mesma... comecei a pensar que era nisto que ele arranjava o dinheiro para correr o mundo... Irlanda, Portugal, Espanha, França, Vietnam, Japão... enfim... “Tenho que começar a fazer o mesmo aos meus amigos” pensei... “Ele é que a sabe toda!!! É por isso que nunca vou a lado nenhum...”
Uma noite quase que desmaiei de sono com ele... trazia uma maquineta de detectar metais, (adora coisas antigas, e fazia restauros no palácio da rainha), então levei-o à praia da Torre andou até às 3 da manhã na areia para cá e para lá e de volta da barraquita dos gelados, ora uma moeda ora uma carica.... E eu ali quase de rastos na areia a babar-me de sono...
Enfim... o dia da sua partida foi sem dúvida um dia de muita alegria!!!
Gosto dele, é meu primo, mas a sua tacanhês, mesquinhice, e pancadas... fazem mais falta lá para os Ingliús.
Namora com uma rapariga do Vietnam, creio que está para casar, e trabalha numa empresa de informática.
Beijocas Paul, espero que te tornes mais tolerante com a tua mãe e irmã e também com o mundo.
 
posted by Peste at 11:05 da manhã, | 0 Pestinhas

Tio Andy



O meu tio Andy a primeira vez que o vi, como disse antes, foi um verão que veio a Portugal após o meu pai falecer, veio de férias e conhecer a família da esposa ( penso que era a 1ª vez que cá veio).
Tinha partido um dedo do pé na altura, e os médicos haviam-lhe metido um ferro que atravessava o dedão grande do pé com uma rolha de cortiça na ponta, creio eu que para atenuar toques aqui e ali.
Ao ver aquilo... claro que me fez confusão!! Como poderiam os médicos ter-se lembrado de tal porra!!! Deviam ser Prós os médicos Ingleses pensei...
Bem... só sei que volta não volta lá andava ele a esbravejar em Ingliú para que não o pisarem... e de vez em quando pimba... lá havia um afoito que sem querer o pisava.
O Andy era um mãos largas, bebia que se fartava, mas dava tudo e mais alguma coisa, lembro que foi o verão que comi mais gelados... irra que era aos 7 e aos 8 por dia, só de pensar isso hoje até fico com dor de barriga, mas naquela altura era o paraíso.
Outra coisa que ele fazia quase diáriamente e que ainda hoje me arrepio só de pensar, era partir 4 ou 5 ovos para um copo e trásssssss de uma só vez emborcava aquilo. GRRRRRRRR!!!!
Outra das coisas que lembro é que ele era “sensitivo”, tinha um anel “especial”, creio que antigo que ele venerava, e de olhar para as pessoas sentia se eram boas ou más, e chegou a dizer coisas ao meu primo toninho... sobre a sua vida... que não preciso agora... mas na altura...
Tinha também outra coisa curiosa... nasceu já com uma orelha furada, como se fosse para usar um brinco, e o meu primo Paul nasceu assim também.
Axo que veio a Portugal mais 1 ou 2 vezes, não sei ao certo e não tenho mais recordações dele.
Sei que teve problemas por causa da bebida com a minha tia Lidia e com a Heidi porque tinham muitas diferenças e ele mesmo dizia: -“ Heidi is no god”.
No entanto axo que foi a Heidi que sentiu mais a sua ausência.
Soube certa vez que havia morrido num quarto de hotel, havia saido de casa por uma discução com a minha tia e a filha, e misturou alcol com medicamentos.
Foi a Heidi que herdou o anel especial de família.
Tio... Eras uma pessoa especial, tenho pena de não te ter conhecido melhor. Olha pelos teus e faz com que não se percam.
 
posted by Peste at 11:01 da manhã, | 0 Pestinhas

Tia Lídia


Doce Lídia, desde muito cedo que foi para Londres, Work and live there, casou com um Inglês de gema o tio Andy, e teve 2 filhos a Heidi e o Paul e 2 Netos da parte da Heidi o Jack e a Gabrielle.
Devido ao fundamentalismo Inglês do meu tio, criou os filhos sem saberem falar uma única palavra em Tuga.
Hoje é viúva, vive apenas com o meu primo que é um pequeno grande ditador lá em casa.
Vem a Portugal sempre que pode visitar a família e custuma ficar acampada em casa da minha tia, esporádicamente trás a filha e os netos.
Lembro-me que quando era pequena apreciava as suas visitas, porque me trazia sempre algo fantástico, bonecos roupas etc daquele mundo tão distante.
A primeira vez que a vi, foi um verão após a morte do meu pai, que ela veio e trouxe toda a família, aquela gente tão diferente do além mar, com uma lingua que eu na altura não dominava, foi estranho e não entendia peva do que os miúdos diziam, mas como qualquer criança, a adaptação é rápida e não era por isso que não bricávamos.
A tia Lídia é muito parecida comigo a nível físico.
É prisioneira da vida dos filhos, a Heidi já lhe deu imensos tormentos pois teve uma adolescência problemática e diversos problemas de saúde, mas ganhou cedo 2 netos que ela adora e faz o que pode e o que não pode por eles e pelos filhos.
Esteve cá agora um mês e foi embora há uns 2 dias, veio ver a mãe, e provavelmente será a última vez que a vê com vida.
Vive longe e não participa tanto na dor de ver a Balbinita degradar-se... Mas foi bom tê-la cá pois veio atenuar um pouco a dor de quem partilha o dia a dia com a avó.
A tia Lídia é uma pessoa muito calma, não aprecia confusão e para ela está tudo sempre bem desde que não a atormentem.
Gosto muito dela, e espero sinceramente que lá longe consiga sempre manter a ordem e viver feliz.
 
posted by Peste at 10:59 da manhã, | 0 Pestinhas
sexta-feira, outubro 27, 2006

ADEUS VÓ ROSA


Soube que não querias estar sozinha... mas estavas... perdoa-nos...

Não sei porque choramos... Tenho a certeza que agora estás melhor... estás sem dores... não sofres mais...e a descançar dos teus longos 95 anos...

Adeus Avó... sempre foste corajosa... e agora é a nossa vez de tentarmos sê-lo.

Beijo muito grande Grande, ficarás sempre na memória e nos nossos corações.
 
posted by Peste at 12:23 da tarde, | 0 Pestinhas
quinta-feira, outubro 26, 2006

D. Lucília - Ama dos putos


D. Lucilia, é uma Senhora loira muito doce e sempre sorridente, passa os dias em casa com a famíla, o marido não faz muito e parece-me a mim que não gosta muito de fazer...
Tem 3 filhas, e teve um filho doente que acabou por falecer.
Tem 6 netos e é o alicerce da família, fora a filha mais velha que vive e trabalha em Lisboa, as restantes filhas e netos vivem quase lá em casa.
Anda sempre muito bonita e arranjada, gosta de se mimar com cabeleireiro e mesmo o marido incentiva para que arranje.
Sofreu há algum tempo um choque, teve um cancro de mama que a obrigou a retirar um peito, sofreu como qualquer mulher que se vê amputada na sua femenilidade, no entanto... anos volvidos, e é uma resistente, já reconstruiu o peito e está muito mais forte.
Trata as crianças que toma conta como se fossem suas, adora-as, e a julgar pelo meu mais velho, as crianças também a adoram.
O meu Fábio quando a encontrava mesmo que ao longe, gritava: “Vó CILAAAAAAAAAA”, e corria para ela para lhe dar um beijo, e avó era só aquela, qual Idalina qual quê, essa é mais conhecida como “bruxa”, apelidada por mim lá em casa quando houve a última “diferença”.
Axo-lhe imensa graça, pela maneira de falar e estar, tem sempre um menino ou menina negrita, na altura do Fábio era uma menina, e agora tem outra, quando se dirige a alguém para os diferenciar diz sempre “ a preta” hehe, não diz aquilo de maneira depreciativa, nada disso, trata-a com o mesmo carinho, é apenas forma de diferenciar as crianças.
D. Lucília para si tudo de bom, e para os seus.
E Obrigado por amar o Gabriel e o Fábio como se fossem seus também, e obrigado também por me ajudar a educá-los.
 
posted by Peste at 10:44 da manhã, | 0 Pestinhas
quarta-feira, outubro 25, 2006

Primos André e João Correia


Nascidos do casamento entre os primos direitos, Toninho e Elsa, sempre foram criados com todo o amor e dedicação possível, nunca tiveram amas sempre foram as avós que tomaram conta deles como se de filhos se tratassem, são uns doces.
André já tem 15 anos e frequenta e muito bem o 11º ano, reservado, tem uns lindos olhos azuis.
É dócil, prestável, um miúdo impecável, já sofreu umas coisas com a dependência do pai... Enfim.

João é um menino mais dócil ainda, muito agarrado à mãe, mimoso por natureza.

O André este verão andou a ajudar a pintar a minha casa, sempre muito simpático, minimalista, e bem educado, adoro este rapazinho, axo que promete, está a estudar programação num curso tecnológico, tem boas notas, é interessado e espero que consiga vingar apesar da extrema oferta destes serviços no mercado de trabalho.
O João está no 6º ano, e também se tem safado nas notas.

A vocês os dois meus queridos, desejo um futuro risonho e espero que tenham cabeça para se safar da negra adolescência sem grandes moças.
 
posted by Peste at 9:02 da manhã, | 0 Pestinhas
segunda-feira, outubro 23, 2006

Prima Elsa Correia


Da família do meu tio, como tal da parte da família de empréstimo, filha da tia Eulália e tio Joaquim, pertence à faixa etária dos “entas” (quarentas e poucos).
Teve uma educaçlão rígida, bem mais rígida do que a irmã que já é da minha geração.
Rapariga doce e terna, é uma querida, gosto dela.
Apaixonou-se desde cedo pelo meu primo toninho, ele era um must daqueles tempos, ouvia Scorpions, Rod Stuart, Queen, adorava Cross roupas justas, enfim um jovem de outros tempos.
Ela passou por tormentos para conseguir manter o romance com o toninho... A mãe fez-lhe a vida negra, e talvez por isso tenha cimentado ainda mais o amor que os unia.
Conseguiu vencer as intempéries, e conseguiu finalmente casar com o Toninho algum tempo dele voltar de Londres, e assim tornou-se minha prima dfireita.

Contudo não se pode dizer que viveu feliz para sempre... como já disse antes, ele começou a beber, e rapidamente as coisas se alteraram, nem sempre se entendem, muitas vezes discutem, mas ela aguenta ali ao lado dele.
Nasceram os filhotes, o André e o Joãozinho, que também já viram e passaram por muito por causa do raio da bebida.
Gabo-lhe a paciência a ela... eu não lhe aturava metade das coisas que ela já aguentou dele... mas ela mantém-se ali... ai como admiro a sua coragem.... ~

Axo que vive dos pequenos prazeres... de ver os filhos crescerem, o trabalho que a vai distraindo etc

Axo que merecias melhor vida Elsa... És uma lutadora... mas sei que não és totalmente feliz...
 
posted by Peste at 3:27 da tarde, | 0 Pestinhas

Primo Toninho


O Toninho foi um dos grandes amigos do meu pai, e o que mais sofreu com a sua morte, não só porque foi no seu dia de aniversário, porque havia estado a comemorar o sobrinho favorito, mas também porque é a pessoa mais parecida com o meu pai.
O Toninho dizia sempre que morreria também aos 33 anos tal como o meu pai, mas felizmente essa etapa já passou.
No seu dia de anos é sempre um desânimo, é quando mais pesa a ausência...
Casou com uma prima direita, e passou um mau pedaço com a sogra D. Eulália, que não aprovava tal união... enfim... coisas que foram ultrapassadas depois dele ter estado em Londres a trabalhar.
Veio de lá decidido a casar, e também com uma longa cabeleira cheia de caracóis e várias tatoos, uma delas num coração a dizer “Elsa”...
O pior que troxe de lá foi o vício da bebida que até hoje não conseguiu largar, é o calcanhar de Aquiles da família, mas não há nada que possamos fazer, se não tiver força de vontade não podemos ser nós a emendar este defeito.
O Toninho deu-me das melhores prendas que recebi, num Natal há muitos anos atrás surgiu a moda dos Carequitas, e foi ele que me comprou o tão desejado boneco, claro que na altura axava que era o Pai Natal...
Quando chegou de Londres trouxe-me uns patins, lembro tão bem como fiquei feliz... não sabia andar, mas sentia um imenso orgulho naquela prenda, foi das melhores coisas que recebi.
O Toninho para mim é como um irmão mais velho, gosto muito dele, tenho pena pelo defeito que carrega consigo, pelos filhos que são os grandes prejudicados, pela Elsa que sofre... Enfim, tudo seria melhor se fosse diferente.

É habilidoso para todos os trabalhos e poderia ganhar imenso dinheiro porque ao que se dispõe, consegue fazer milagres, no entanto a bebida estraga a vontade e o prazer, axo que se revolta com o mundo, é um teimoso por natureza, mas tem um coração enorme.

A ti meu querido, só desejo que consigas vencer esse tormento e que vivas finalmente feliz ao lado de todos os que te amam... incluindo eu.
 
posted by Peste at 2:05 da tarde, | 0 Pestinhas
sexta-feira, outubro 20, 2006

Prima Mena



A Mena tem mais 11 anos que eu, quando fui lá para casa, era a maninha mais nova, era ela que me fazia os tótós, conjugava as minhas roupas a condizer etc, uma irmã mais velha...
É uma solteirona convicta, nunca lhe conheci um único namorado, não por falta de pretendentes, mas nunca nenhum lhe serviu, não que ela se lamente, nada disso, acredito que gosta de viver assim sem ralações nem trabalhos.
Adora os sobrinhos que trata sempre com imenso carinho.

É uma ajuda preciosa para a minha tia.

Tem sido enfermeira incansável neste momento difícil da minha avó, braço direito da minha tia, amparo psicológico lá de casa.
Quando se precisa ela está sempre lá de mão estendida, é uma pessoa amiga dos amigos e muito mas muito leal.
Adora trabalhos manuais e garanto que tem imenso jeito nas coisas a que se propõe.

De singo Leão, tem um imenso orgulho nisso.
Nasceu também em São Luís, no entanto detesta isso, e faz questão de não revelar a ninguém, aquela terra para ela é um tormento.
Com ela passei as melhores férias em Milfontes, as duas rua a cima rua a baixo em tempos de Adolescência.
É quase sempre a primeira a dar-me os parabéns, é raro o ano que passa da meia noite e ela não me manda uma mensagem.
Adora oferecer postais como recordação de datas importantes, aniversários, nascimentos etc.

Obrigado minha prima, tens sido uma irmã para mim, sei que estás lá quando preciso, e espero que quando precises eu também possa lá estar.
 
posted by Peste at 10:41 da manhã, | 0 Pestinhas

Meu 2º Pai - Tio Manel



Casado com a minha tia Clotilde, foi meu pai de substituição, homem doce, sempre muito calmo e com uma maneira de ser bastante pacifica.
Um anjo de pessoa, aceitou todos em casa, sem objecções, principalmente a minha avó que ainda hoje vive com eles, e a mim acedeu que vivesse com eles sem restrições.
Tenho boas memórias do passado com ele.
Trabalhou de pedreiro profissional, hoje é reformado, mas lembro perfeitamente as noites lá em casa, ele não tinha hábito de jantar, comia apenas um tigelão enorme de papa nestum figo (sua preferida), a minha tia confecionava a dita, e eu desde pequena que adorava levar-lha à sala onde estava habitualmente a ver o telejornal.
Relembra sempre que fui lá para casa e ficava por baixo das mesas de tão pequena que era :)
Quando alguma vez eu fazia uma das minhas, e a minha tia ou avó ralhavam-me, e ele calmamente convidava-me a sentar-me no sofá ao seu lado, como se ali fosse terreno neutro e a salvo.
Esteve na almanha em novo, foi trabalhar para construir a vivenda onde hoje mora e que construiu com as próprias mãos.
Lutador de natureza, hoje possui também um terreno em Milfontes, onde também ele mesmo contruiu uma casinha, e onde adora passar o tempo, axo que de vontade dele ficaria a viver por lá, a minha tia é que o prende por cá e nesta altura a minha avó também, pois todas as mãos são poucas para ajudar.
Tem uma grande capacidade de amar sem no entanto parecer emotivo, fica feliz por ter a familia reunida mas não é homem cá para mariquices e beijaroquice.
Como disse antes... foi um pai para mim, tenho-lhe imensa estima.
Obrigado meu tio, és uma estrelinha na terra.
 
posted by Peste at 9:57 da manhã, | 1 Pestinhas

A outra mulher que me criou - Tia Clotilde



A minha tia foi uma das pessoas que me criou desde 1 ano de idade, aceitou-me em sua casa, e a ela devo-lhe também muito.
Nasceu em São Luís, e sempre foi a samaritana da familia sempre acolheu irmãos, mãe sobrinha etc lá em casa.
Tem dois filhos a Mena e o Toninho e como qualquer mãe, sofre pelos seus problemas e angustias.
Trabalhou a vida inteira, e com muitos sacrificios geriu por vezes o pouco dinheiro para muitas despezas.
Mulher por vezes muito dura, de convicções e educação austera, também sofreu na pele uma infância difícil nos tempos de outrora, a minha avó nunca foi pessoa fácil, começou a trabalhar muito cedo como serviçal, coisa que só deixou no dia do casamento, tudo o que hoje possui foi fruto de muito trabalho.
Hoje toma conta da enfermidade da minha avó, e o cansaço produzito por esse esforço está a degradá-la e a tirar-lhe o prazer dos dias que passam, no entanto é orgulhosa em relação a isso e não pede ajuda aos restantes irmãos que tanto neglegenciam a mãe.
Por ver-me crescer e por ver que atingi os objectivos que me propus, tem orgulho em mim, e trata-me com carinho como se uma filha fosse, e aos meus filhos igualmente.
Obrigado minha tia, por me acolheres em momentos difíceis, por me educares, por me criares, o que fizes-te por mim não tem preço, e a minha dívida para contigo nunca conseguirá ser paga. És uma mulher sem igual e a tua coragem é um exemplo.
 
posted by Peste at 9:33 da manhã, | 0 Pestinhas
quinta-feira, outubro 19, 2006

Filhotinho - Gabriel



Gabrielito meu anjo... Chegáste agora, e já tens um peso tão grande em meu coração e na minha vida.
O teu sorriso enche-me de alegria e imenso orgulho.
És um anjo doce feliz e alegre.
Meio metro de gente e já tão esperto...
Espero ter a vida toda ao teu lado, tal como ao teu mano que tanto adoras.
Espero que mantenhas sempre esse sorrisinho tão lindo e doce como os teus olhos.
Revitalizas os meus dias, fazes com que o cansaço valha a pena.
És o meu tesourinho e uma estrelinha do meu universo e de toda a casa.
O pai e o mano adoram as gargalhadas que lhes soltas, tal como eu que me delicio ao ver-te tão pequenito e tão esperto.
Mexes e remexes, brincas e rebolas, e na aranha já nos segues, negando-te a ficar só em alguma divisão.
Terás uma personalidade marcada como os restantes lá de casa.
Descança filho que te protegeremos de tudo e de todos, pois podemos ser insignificantes para o mundo, mas seremos sempre unidos e amor nunca nos vai faltar.
A ti meu pequerruxo, meu Gabizinho, tudo de bom, e que esta vida que te dei seja longa feliz e tal como ao teu irmão... O céu seja o vosso limite.
A mamã ama-te muito.
 
posted by Peste at 2:53 da tarde, | 0 Pestinhas

A recordar - Um pouco de mim - Muito de vós



Caríssimos...
este meu blog, vai servir para escrever tal como todos os outros, não terá um tema especial, falará de pensamentos, emoções, factos e até talvez alguns poemas, no entanto, vou dedicar alguns dos meus posts a todos vós, porque desde que nascemos as pessoas vão entrando nas nossas vidas sem pedir licença, e algumas marcam-nos mais do que outras dependendo de como se relacionam conosco.

Como tal, meus amigos que nunca pensaram estar postados em blog, se passarem por aqui, verão os vossos nomes e talvez nicks blogados.
A intenção disto, não é dizer nem bem nem mal de ninguém, apenas para que fique registado... um pouco de mim e muito de vós.
Nem sempre as palavras serão agradáveis, nem sempre carinhosas, serão apenas pensamentos actos e experiências, porque se fosse um livro seria tremendamente enfadonho, e assim não é livro e é de fácil consulta e tentarei lembrar-me dos melhores momentos de cada um de vós.
Se ouver pessoas que não sejam visadas, e se quizerem ser visadas... digam-me, tentarei como a todos os outros blogar o melhor que possa.
 
posted by Peste at 1:36 da tarde, | 0 Pestinhas

Filhote Fábio


Minha estrelinha dourada, meu menino tesouro.
És o meu bem mais valioso, a minha marca depassagem neste mundo.
Desejo-te tudo na vida e que nuncas passes pelo que eu ou o teu pai passámos...és o nosso mais que tudo na vida.
O meu maior pavor é não te ver crescer...
Tento sempre dar-te todo o carinho e atenção, no entanto sei que por vezes és mimado de mais, e por vezes em momentos de stress és repreendido demais.
Não há meios termos no coração, e sempre tivéste tudo que eu nunca tive, és doce, terno, adoras beijarocar o pai e a mãe, és envergonhado, por vezes bixinho do mato, não gostas nem dás confianças a estranhos.
No entanto ver-te crescer tem sido a minha maior alegria.
Tenho imensos episódios que poderia contar sobre ti, és um sol que nos trás alegria.
És activo, adoras jogar à bola, adoras as modernices das tecnologias e já com 7 aninhos, dominas o portátil do pai, o computador de casa, pay station, gameboy, telemóvel da mãe e do pai... enfim... és espertinho demais.
Já sabes ler com clareza, és optimo aluno, adoras a escola os amiguinhos a ginástica a professora, és um orgulho para mim.
Eu e o teu pai acabamos por anular as nossas vontades para aceder ás tuas, na televisão, nos passeios etc, mas isso não é de alguma forma mau para nós, já que o que importa em 1º lugar é que estejas feliz, muito feliz, o teu sorriso e o teu carinho são para nós a maior alegria e dádiva.
Não foste um bébe nada fácil, no entanto, valeu todos os esforços e cansaço, faria tudo de novo se preciso fosse.
Só espero que consiga ver-te crescer, tornar-te um homenzinho, estar a teu lado em todas as alegrias e tristezas.
Para sempre serás o meu menino, o meu orgulho, e o meu verdadeiro amor.
Relembro sempre com sorriso um dos episódios que mais me lembro, um dia que estavas doente com febre, coloquei-te um supositório para a febre, algum tempo depois, inquiri-te se estavas melhor, ao que me respondeste altivamente e com imensa rapidez: - TOU!!! Meteste-me aquilo no rabo!!!!
Teria milhentas cenas para contar, sou uma mamã babada, mas isso meu amor... a ti se deve.
Fabinho... que tenhas tudo, que sejas tudo, luta pelos teus ideais, serás sempre, mas sempre a coisa que mais amo e a minha razão de viver.
 
posted by Peste at 11:42 da manhã, | 0 Pestinhas

Fausto Oliveira - Companheiro de Viagem

 
posted by Peste at 9:28 da manhã, | 0 Pestinhas
quarta-feira, outubro 18, 2006

Fausto Oliveira - Companheiro de Viagem

O Fausto conheci no casamento de uma prima emprestada, a Tina casou com o irmão do Fausto.
Foi antipatia desde o 1º instante, aquele ser que tentava sobressair sobre todo o mundo, irritou-me um pouco a insistêcia e apresença imposta.
Uma outra prima minha emprestada a Susana ficou encantada com ele, depois do casamento passar chegámos a sair todos, eu a Mena a Susana ele e um amigo o Paulo.
Bem... A Susana queria o Fausto, o Paulo queria-me a mim, não percebi nada, mas fui por ir, a Mena tb ía, não se perdia nada, não sei que voltas aquilo deu, sei que ele acabou por não engraçar com a Susana nem eu com o Paulo, deu-me o nr de tlm dele, e assim começou o Namoro.
Foi o meu 1º namoro “Adulto”, depois deu-me a paixão a valer, eu e a Susana que nunca haviamos sido as melhores amigas... ficámos pior ainda...
Ainda por cima eramos da mesma turma na altura... foi complicado... as amigas dela deixaram de me falar etc... Já passou não interessa.
Quanto ao resto... Namorámos cerca de 2 anos e tal, comprámos a 1º casa um T1 do tamanho de ovo e meio, tivemos um filho o Fabinho, zangámo-nos... divorciámo-nos... repensámos... Comprámos nova casa e tivemos novo filho, O Gabrielito.
E cá estamos... como sempre como normal de qualquer casal, a paixão não é eterna como sabem, mas fica o respeito e o carinho e estamos a lutar pelos mesmos ideais.
Admiro-o, é um bom homem, faz o que pode no trabalho é muito esforçado, subiu na vida a pulso.
É meu amigo e companheiro, faz o que pode por mim, atende a todos os meus pedidos, é louco pelos filhos, especialmente pelo Fábio que já é maiorzinho e faz as delícias dele, não tem grande jeito com bébes... aliás jeito nenhum... por isso ainda não aprecia as gracinhas do Gabriel, mas com o Fábio foi o mesmo e hoje não vive sem ele.
É sério e honesto, fala barato... aliás fala à borla, telefona para meio mundo, faz novelas inteiras ao telefone, adora coxixos...sai à mãezinha.... é bom conversador e com uma cultura geral bastante aceitável.
Não estudou muito, teve de começara trabalhar cedo (13 anos) e isso marcou bastante a sua personalidade, no entanto não é amargo, é dócil mas embirra com o Inglês e especialmente com as capas académicas :P e com Drs. empedernidos. Não lhe perguntem a escolaridade ou digam que a escolaridade é fundamental para ascender o q seja.
Adora ver novelas, filmes, adora dvd’s e carrinhos de slots.
Lá por casa é conhecido por enfardadeira :P come... aliás aspira tudo o que encontra.
Deixa que o Fábio lhe faça de tudo, não impõe o respeito, axa graça a tudo e por vezes a criança abusa por isso mesmo.
É azarento por natureza, mas já foi mais do que é hoje, tem situações do arco da velha.
Mas no fundo é um lutador, uma boa pessoa para ter ao lado.
Atende aos pedidos de todo o mundo e às vezes anula-se por isso.
É uma criança grande deslumbrada com as tecnologias, é curioso e atrevido safa-se muito bem na informática.
Sofreu bastante na infância com o pai de maus tratos, no entanto não guardou máguas e esteve sempre ao lado dele quando este mais precisou.
É de confiança mas é melhor não lhe contarem nenhum segredo hehehe.
Fausto - Luta sempre pelo que acreditas e mantêm-te forte e com as qualidades de sempre.
 
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Irmãos


Bem... esta parte não é muito fácil para mim escrever, não tenho grande afinidade com os meus irmãos, não por não gostar deles, nada disso, mas sim porque me são completamente estranhos.
A culpa claro que não é de nenhum dos 6 mas sim como é obvio da cabra da chocadeira que os deu a todos como se fossem bixos sarnentos, sem remorços e sem olhar para trás.
Não terão uma postagem individual porque não tenho grandes momentos com eles, aliás... nem grandes nem pequenas... são estranhos para mim... infelizmente...

Nuno – Filho de um Sr. Chamado Sousa, cabelo castanho e lindos olhos verdes, era uma criança reservada, muito envergonhado, foi o unico que esteve mais tempo com a mãe, e graças a Deus para ele, o pai quando teria uns 5/6 anos veio buscá-lo e levou-o para o Algarve (Terra do pai) e colocou-o Junto com o irmão a seguir num colégio para estudar, foi a sorte dele, se não teria sido bem pior para ele, duvido que tivesse estudado e não aprendia nada de bom.
Hoje é casado e tem um filho com uns ¾ anos, tenho um sobrinho que nem conheço.

Jaime – Criança linda de olhos claros e loirinho, tinha um sorriso inocente, bem disposto e risonho.
Foi viver com o pai e o Nuno para o Algarve, foi para um colégio com o Nuno.
Hoje é solteiro, trabalha, comprou casa, e parece-me muito ajuizado.
Passou um mau pedaço também, espero que consiga ser feliz.

Hugo – Filho de alguém chamado Xico, muito moreno de olhos negros.
Puxou um pouco a indule duvidosa da mãe, para minha pena, tem o sobrenome do Sousa mas descobriu já grande por mim que o pai não era quem ele pensava
Tentou uma aproximação comigo há uns anos, por causa de algo que terá dito aos avós maternos, um dia que o fui buscar para passar comigo um pouco o meu dia de anos, quando o fui entregar a casa destes, fui insultada por aqueles merdosos, sem saber bem porquê...
O Hugo foi dos que teve mais sorte e menos juizo, de muito pequeno foi viver para casa de um casal sem filhos, era bem tratado, bem cuidado, era um filho.
Anos mais tarde tiveram uma menina, as coisas alterarm um pouco, mas continuava a ser um filho.
Não teve juizo, e saiu de casa em busca de liberdade, foi para casa dos avós maternos viver, e aí começou a decadência, poderia estar bem de vida com estudos... e anda por aí...
Tentou uma aproximação comigo por interesse, a chocadeira havia-lhe dito que o meu pai era o mesmo dele, este menino pensando que eu havia recebido uma fortuna de herança, queria a parte dele...
Azar o dele, tive de lhe explicar quem era o pai dele, e dizer-lhe que dinheiro não há, o que tenho é do meu trabalho.
Hoje é Solteiro, trabalha numa oficina e anda na moina, espero que não se perca e não se meta em porcarias.
Telefona de lés a lés a todos os irmãos para saber como estão, gosto de o ver de vez em quando mas como já disse não é de confiança como tal prefiro que esteja à distância.
Boa Sorte para ti Hugo.

João Pedro – Filho do Sousa
Foi viver com uma família para os lados de Sintra, no Linhó,
Loirinho de olhos muito claros também.
Foi criado com o que tinham, nada de luxos, mas com muito carinho.
Passou por uma fase de rebeldia, gostava de motas, fumou umas coisas pelo que sei através do Hugo.
A má vida levou-o para junto do pai para a Ilha de Faro, não sei... procuram todos a liberdade de forma errática...
Há 2 anos sensivelmente suicidou-se... enforcou-se à porta do pai...
Ninguém percebeu o porquê... Todos lamentámos...
Fui ao seu funeral, revi irmãos e família do pai dele... Mas a puta da cabra nem foi nem lamentou a sua perda...
Já vi animais mais sensíveis...
Onde Estiveres João Pedro... que estejas finalmente em paz.

Olivia – Filha do Sousa, loirinha de olhos verdes
Também tem um pouco de indule da mãe.. uma pena...
Foi criada por uma família humilde sem filhos em Vila nova ce Cerveira no Alentejo.
Não lhe faltou amor e carinho, hoje chamam-lhe Lila.
Fui procurá-la no fim do mundo para a conhecer, foi um momento marcante, estava com 15/16 anos... Estava bem tratada, mimada com uma familia muito doce e que a adora.
Veio passar férias a minha casa uma vez... ficou deslumbrada com a Cidade, de ninguém se falar, muita gente junta, muito movimento, ninguém se importar que ela fumasse, e nem reparasse no que vestia... ficou deslumbrada.
Hoje namora com um rapaz, axo que trabalha e está feliz no seu pequeno mundo. Que sejas feliz Lila.

O Luisinho Miguel... vi-o apenas com 6 dias de vida, não recordo bem, bonitinho, tal como os outros crio que filho do Sousa, também deve ser loirinho de olhos claros.
Antes de nascer a cabra disse, como havia dito de alguns atrás, que iria nascer negrinho... enfim...
Nasceu bem branquinho e perfeitinho.
Foi adoptado por uma familia que vive na Alemanha, hoje chama-se Vitor... e mais não sei.
Ele também não deve saber nada de onde veio... Sorte a dele.
Espero que estejas bem e longe de toda esta treta.

Depois desta remessa... à cabra axo que lhe laqueram as trompas...
Arranjou um homem alguns anos depois, negrito, não tenho nada contra ele, nem o conheço e teve mais 3 filhos, duas meninas e um menino, sei que um ou mesmo 2 deles são mais novos que o meu Fábio.
Que tenham sorte na vida é o que desejo.

A todos vós muito amor na vossa vida e Juízo!!! É o que deseja a Mana mais velha.
 
posted by Peste at 9:01 da manhã, | 0 Pestinhas
terça-feira, outubro 17, 2006

Avô – Ilídio Catarino



Meu querido e doce avô, lembro-me dele perfeitamente, normalmente só o via no Verão quando ía de férias para Milfontes, ele morava numa aldeia perto de Odemira, era um daqueles velhotes que vestia à compadre, calcinha de pinça preta, camisinha com colete por cima, e um chapéu preto de abas, creio que também era dos que se sentava nos bancos de praça lá da aldeia.
Velhinho bem castiço, de olhos meigos.
Lembro-me perfeitamente de ele fazer os 13 km q nos separavam, de S. Luís a Milfontes em bicicleta, uma daquelas “pasteleiras” que até tinha o registo de propriedade e matrícula :P, um espetáculo mesmo, lembro também de me trazer um saco de arroz cheio de pinhões ;) e como eu me entretinha a parti-los no quintal... que saudades...
Eu era a netinha dos olhos dele, “ A minha Paulinha” como ele dizia, com os olhos embevecidos ao olhar para mim...
Tinha 3 filhos, A minha tia Lídia que está em Londres, o meu pai e a minha tia Odete que também está em Londres, tinha mais netos, mas eram “estrangeiros”.
Lembro de uma vez deveria ter eu os meus 9 anos, a minha tia Lídia após longos anos sem visitar a família, veio apresentar os 2 filhotes ao pai, Heidi e Paul, estavamos em Milfontes de férias, e mais uma vez ele pegou na pasteleira e pedalou pela serra os malfadados 13 km, foi nos ver à praia, andávamos a brincar na àgua os 3, e ele só dizia “ ai a minha Paulinha...” Claro que a minha tia não ficou muitoooooo feliz... mas claro que quem nos está mais longe dos olhos também nos está mais longe do coração, e neste caso os Ingliús... estava longe de mais para ele.
Morreu, como o meu pai também a um dia 21, malfadados estes dias, mas de Janeiro, creio que teria eu uns 13 anos, lembro do funeral do cortejo pela aldeia com todos os aldeões, pois ali todos se conhecem e vivem a vida inteira como uma grande família.
A herança que me deixou... adivinhem... :P A PASTELEIRA!!! O verdadeiro tesouro que ele havia comprado há pouco, ainda hoje guardo o registo de propriedade da bixana, anos mais tarde ela fazia um sucesso entre as miúdas do meu bairro, dava para levar o condutor, uma na frente e mais uma ou duas na traseira, a tarefa árdua era eu chegar com os pés ao chão :)
A ti avô querido, um grande xicoração apertado e um beijo doce tal como os teus olhos.
 
posted by Peste at 10:45 da manhã, | 0 Pestinhas
segunda-feira, outubro 16, 2006

Vó Nrº 3 – Vó Rosa ou vó Maria tanto faz


Resolvi saltar umas quantas pessoas para falar já desta avó, porque tal como a minha própria avó, também lhe estou a dizer adeus.
A Avó Maria é a minha avó nr 3, a de empréstimo, como vivi sempre com a minha avó e com os meus tios, a família por parte do meu tio, passou a ser a minha família de mepréstimo, como tal esta é a minha avó Emprestada.
A avó Maria está no hospital nesta altura, e tenho as minhas sérias dúvidas se ainda sairá de lá, sofre dos rins e os seus 95 aninhos também já não ajudam, um dos rins já faliu e o outro já está abaixo dos 10% de funcionamento, claro que nesta idade os médicos optam por não fazer grandes tratamentos, não só porque é um custo, mas também um sofrimento para o doente.
A avó Maria, é uma avó típica, longos cabelos brancos, cabelo sempre com um rócócó enrrolado, uma verdadeira “Às” na renda, aliás... deixou à muito pouco tempo a agulha e as linhas... Empunhou-a até à última...
A avó Maria sempre dizia à Babinita, que eu devia escrever um livro sobre o meu triste início d vida... Mas para quê??? Remoer mais uma vez a triste história??? É Como eu disse... seria um livro de adormecer a babar em cima dele, depois corria o risco do Manuel de Oliveira o ler e querer adaptar para filme e seria igualmente movimentado, e depois??? Ser conhecida na rua como a coitadinha que a mãe abandonou e blá blá blá??? Ainda passava a ser piada dos mais audazes e atrevidos com comentários estilo: Deves ser cá uma PESTE!!! Ou Nem a tua mãe te quiz!!!
Assim prefiro fechar as amarguras e os anos negros que já passaram e já ultrapassei e viver a minha vida e esperar que os meus filhos nunca passem por algo, já tive a minha cota de tristezas.
Mas voltando... A avó Rosa, também é uma mulher do Campo, da mesma terra da minha avó, lá para os lados de Odemira, criou igualmente os filhos com muito trabalho e sacrifício, trabalhavam de sol a sol, adorava as flores também e cultivava o culto do quintal florido e perfumado é uma mulher corajosa e de grande força interior.
Quando era pequena (e ainda hoje sou), adorava ouvi-las falar nos tempos de outrora, claro que nunca sabemos o significado das palavras cansadas e suadas, parecia apenas uma história de avós, de uma gata burralheira.
A avó Maria gostava muito de cantar, mas nossas reuniões familiares onde a família se juntava toda à mesa na casa da tia Fátima, ela aproveitava para cantar lembro-me prefeitamente da “ó Rama ó que linda Rama”.
Outra coisa que me fica na memória é as aguardentes da avó Maria, hehehe, na casa dela havia aguardente de tudo que ela conseguisse deitar a mão, hehehe, melão, ameixa, pera, maçã etc, não que ela a bebesse, mas caso alguém quizesse ou talvez para uma das nites frias.
Foi casada com o avô Xico, que não recordo, sei que gostava muito de mim também pelo que contam, era demasiado pequena quando ele partiu, deveria ter uns 4 aninhos, como tal a eles os dois: beijos grandes pó avô Xico e para a avó: Beijo grande com muito carinho e que o teu último caminho seja para te levar ao merecido descanço.
 
posted by Peste at 10:24 da manhã, | 0 Pestinhas

Pá Chocadeira

 
posted by Peste at 9:35 da manhã, | 0 Pestinhas
sexta-feira, outubro 13, 2006

Chocadeira - Lucília Rosa da Silva Antunes

Bem... contigo não vou perder muito tempo... aliás menos do que o que tu me dedicás-te a mim a vida toda!
Bem... além de CABRA e PUTA... poderia passar aqui o dia te enaltecendo... mas não... não mereces.
Para quem não sabe esta senhora desprezou e deu todos os filhos...
Eu era a mais velha, ela tinha apenas 14 anos quando nasci e a cabecinha... não era nada... ainda hoje axo que ela não bate com o baralho todo...
Poderia contar pelos dedos das mãos as vezes quem me cruzei com ela, mas felizmente nem isso eu tenho em mente.
Lembro-me de me dizerem que era uma valente porca!!! Na verdadeira razão da palavra, o meu pai ía trabalhar e ela fechava-me em casa e ía aos gajos!
Nem sei como estou aqui hoje para relatar isto... porque sobreviver foi trabalho difícil, pelo que me contam... chegaram a encontrar-me no alto de uma escada a gatinhar pronta para lançamento livre... mas enfim do mal o menos.
Quando o meu pai descobriu as antenas... levou-me para fora de casa... e ela... nuncaaaaaa mais me procurou... nem mais um Parabéns... nem um feliz natal...
Depois de mim teve mais 6 filhos... filhos que desprezou... maltratou, e deu!!! Andavam sempre sujos e com fome... chegaram a ir por 2 ou 3 vezes a casa da minha tia onde eu vivia, e era a minha prima que lhes lavava a carita sujinha e lhes matava a fominha, e eu nessa altura olhava para eles coitadinhos, orgulhosa porque não estava estava sozinha no mundo... mas nem imaginava pelo que eles coitadinhos passavam...
Depois soube que teve mais 3 filhos negritos dum outro homem, e a esses não abandonou... vivem com ela e com o q ela está hoje, espero que essas crianças nunca descubram a merda de mãe que têm.
Lembro um episódio... que ainda hoje me enoja quando recordo... teria +- 10 anops creio e encontrei-a no dia da Mãe ( há coisas!!!), eu levava uma prenda à minha madrinha... nada de especial, apenas uma chavenazinha cheia de rocócós como as avós gostavam antigamente... ( tinha sido a minha avó a comprar) e ía com a minha avó a casa da minha madrinha, encontrámo-nos todas na rua, e a minha avó... cheia de principios abrigou-me a entregar aquele pequeno tesouro nas mão daquela miserável... axo q as minhas unhas só largaram no ultimo momento e para não ter de tocar naquele bixo... e o pior... veio depois quando aquele montro olha para mim e diz “ Gostava tanto que os meus filhos me chamassem de mãe....”
Só não me ri porque estava com vontade de chorar, e da minha boca não ouviu nem um grunhido!!! Nem nunca vai ouvir PORRA NENHUMA!!!!
A ti valente Cabra – QUE ARDAS NO INFERNO!!!!
 
posted by Peste at 11:48 da manhã, | 1 Pestinhas

Pai - António Manuel dos Reis


Bem... Não te tive quase a minha vida inteira, pouco conhecia da tua maneira de estar e ser a não ser pelo que me contaram.
Quando partiste, eu tinha 8 anos e foi-me muito difícil entender como se perde uma pessoa... muito menos como foi...
Ainda me lembro aquela manhã em que acordei com o choro da minha avó inconsulável... Não me parecia real... Não entendi...
Os dias seguintes tentava entender... mas ainda hoje não....
Tenho vagas memórias tuas, uma vez que me foste buscar à escola e que me compraste um monte de chocolates, recordo de ir contigo às compras e que me compraste um belo chapéu cor de rosa que eu exibia orgulhosamente.
Mas sabes... foi depois que senti a tua falta essencialmente...
Nos primeiros tempos fazia-me acreditar que estarias algures lá no céu atrás de uma nuvem a olhar por mim, gostava de me sentir assim protegida e acompanhada...
Senti imenso a tua falta... ainda hoje penso... que se fosses vivo tudo seria diferente... tudo teria sido melhor.
Olhar para todas as minhas amigas com os pais ao lado... cheguei a sentir inveja delas, e revolta também, ao ver tantas vezes que elas não valorizavam as coisas simples que tinham, os laços...
Quando te foste... a minha unica herança foi um album de fotografias... e algumas cartas das tuas namoradas... Nem sabes as vezes que as li....
E as fotos...
Não sei realmente se nestes 22 anos me olhás-te lá de cima... ainda hoje gostaria de acreditar que sim...
Mas acima de tudo, tenho orgulho em ti pai.
Sabia que eu era a “tua menina”, sabia o orgulho com que me exibias, sabia que me amavas a cima de tudo e todos, também te amava pai... também te amo...
 
posted by Peste at 11:03 da manhã, | 1 Pestinhas
quinta-feira, outubro 12, 2006

Para ti avó

 
posted by Peste at 10:49 da manhã, | 0 Pestinhas

Avó – Balbina Júlia

Bem... minha querida, conseguir acabar de escrever sem que os olhos se me turvem de àgua será uma missão imposssível.
A ti devo-te tudo que sou, a sorte que tive, o amor que me deste...
Vejo-te a partir a cada dia que passa, prostrada na cama, com Alzeimer... sem que teus olhinhos me reconheçam, nem sempre o meu nome te faz sentido, logo eu que fui mais que uma filha para ti, criáste-me o melhor que pudeste, nunca conseguirei retribuir-te...
Em menos de 6 meses, as pernas deixaram de te obedecer, as dores são a companhia constante, a cabeça deixou de estar presente, e até comer... hoje é missão impossível, tem de ser através de uma sonda.
Pergunto-me eu... Isto é vida???
Logo tu... pequena grande mulher, com 1.40m+-, sempre com uma vitalidade invejável, vivias no quintal rodeada de flores e plantas... que tantas saudades hoje me fazem, o quintal era um paraíso florido, tinha de tudo, sempre tão belo... ainda recordo o cheiro depois do teu regar... um perfume no neu nariz para todo o sempre...
Andavas km’s, ías a todos os lugares mesmo sem saber ler, apanhavas os autocarros sem ter vergonha de perguntar “...Vai para onde???...”
Nunca fui uma criança de grandesssss brinquedos, tinha aquilo que me podias dar, nunca me faltou grandes brinquedos também! Tudo que podias compravas... “Para menina...” dizias tu.
Balbina Júlia... ou Balbina dos Reis... lol tens os dois nomes... porque nasceste no dia de Reis, daí também o meu “Reis”, herdado do dia de Reis, acho graça a isso metade dos teus filhos ficaram com um sobrenome, e outros tantos, com o outro.
Ainda hoje a Sónia sorri quando relembra como me ías chamar à rua quando estava na brincadeira e não queria ir para casa :) “ Pála... ó Pála!!!”, os “us” nunca foram usuais no teu vocabulário, alentejanita de gema, sempre nos presenteás-te com termos curiosos que hoje me fazem sorrir, tais como: Estás sempre a escaçamular, moça da punheche (calculo que isto será outra coisa...), Oquéim? , Larga-me da mão.. tantas outras que a memória não me trás agora...
Quero agarrar-me a coisas boas passadas, tinha tantas para escrever... quero guardar-te na lembrança e todos os bons momentos que os teus 92 aninhos já me deram, e vó... amo-te tanto :S!!!
Gostava que quando partisses tivesses a certeza que és amada... muito mesmo... minha querida.
Que Deus tenha piedade de ti e não te faça sofrer, que tenhas por fim descanço depois desta última provação, que olhes por mim e pelos meus filhos lá de cima como sempre fizeste cá em baixo.
Chuifff... Que grande mulher... que grande pessoa.
Amo-te
 
posted by Peste at 10:15 da manhã, | 1 Pestinhas

Muito de Mim... um pouco de vós!

Caríssimos...
este meu blog, vai servir para escrever tal como todos os outros, não terá um tema especial, falará de pensamentos, emoções, factos e até talvez alguns poemas, no entanto, vou dedicar alguns dos meus posts a todos vós, porque desde que nascemos as pessoas vão entrando nas nossas vidas sem pedir licença, e algumas marcam-nos mais do que outras dependendo de como se relacionam conosco.

Como tal, meus amigos que nunca pensaram estar postados em blog, se passarem por aqui, verão os vossos nomes e talvez nicks blogados.
A intenção disto, não é dizer nem bem nem mal de ninguém, apenas para que fique registado... um pouco de mim e muito de vós.
Nem sempre as palavras serão agradáveis, nem sempre carinhosas, serão apenas pensamentos actos e experiências, porque se fosse um livro seria tremendamente enfadonho, e assim não é livro e é de fácil consulta e tentarei lembrar-me dos melhores momentos de cada um de vós.
Se ouver pessoas que não sejam visadas, e se quizerem ser visadas... digam-me, tentarei como a todos os outros blogar o melhor que possa.
Se ninguém ler isto... talvez não perca nada, mas se alguem for ao google colocar o seu nome e vier parar aqui... é porque em algum momento se cruzaram na minha vida.
A todos vós... um bem haja.

Deixo abaixo uma lista, não terá ordem nenhuma especial, pretendo abordar todos vós com igual Carinho:

Avó – serás a 1ª pessoa, disso faço questão, és das pessoas mais importantes da minha vida e estou a ver-te partir
Avô
Pai
Mãe
Irmãos
Fausto
Fábio
Gabriel
Tios
Primos: Mena toninho
Elsa Correia
André e João Correia
Sogrinha D. Idalina
Cunhados e respectivas
Sobrinhos...8 putos
Avós maternos
Família Emprestada: Tia Eulália/ tio Joaquim e Tia Fátima/ Tio Alexambre – primos e avó nr 3
Sónia Geremias
Susana Correia
Dina Venâncio
Inês
Susana Paula Esteves Carvalho
Carla Conceição
D. Lucília (ama dos putos)
Cláudia Barata
Paca
Marco Santos
Sónia Cordeiro
... a lista é longa... tentarei lembrar todos...
Namorados em Geral
Pedro Neves Silva
Beto
Dgio
TLMC
Teresa Marques
José Vicente
Carmita
Ana Margarida Dias
Luis Almeida
Luis Barbosa
Luis Lourenço
Pedro Lourenço
João Viegas
Luís Raúl
Paulo Santos
António Simões
Hernani Santos
Grunho
Ricardo Ribeiro
André Saramago
Pedro Oliveira
Chamusca
Helder Neto
Ferreira
Joana Reis
Ana Paula David
Gamito
Maria Figueiredo
Luís Marreiros
Enfim.. a lista é longa.
 
posted by Peste at 9:10 da manhã, | 2 Pestinhas
quarta-feira, outubro 11, 2006

Back again



Depois de largos meses de ausência, cá estamos de novo, pronta para um novo início, com espírito renovado e muito mais rica que antes.

Nada como uma nova criança para nos fazer renascer, aquela presença inocente que nos limpa a alma e nos deixa um pouco mais condescendentes com o mundo.

O pior de voltar ao activo, é percebermos que o resto do mundo está tomado de uma agressividade cega, um egoísmo tresloucado...
E eu no final do dia apenas penso:
“... Mais um dia que passou... Mais um dia que vivi... e menos um que vou viver...”

Mas ou outros... infelizmente não pensam assim.
 
posted by Peste at 10:21 da manhã, | 0 Pestinhas