segunda-feira, outubro 30, 2006
Primo Paul
Em pequeno, era um pequeno princepe, sempre foi um menino sem grandes coisas, lembro-me que gostava mais dele que da Heidi sempre tempestiva.
Depois de longos anos sem nos vermos, voltou a Portugal com cerca de 16 anos, veio com a mãe passar férias, tudo correu sempre muito bem, lembro que dessa vez quis ir a Lisboa bater perna... bem... foi literalmente bater perna... eu já estava estoirada, mas ele... qual metro qual autocarro... foi Amoreiras, Av. Da Liberdade, terreiro do paço etc... tudo à lá pata... pufff... fico cansada só de pensar!!
Voltou a portugal uns anos mais tarde, e como já estava casada, convidei-o a ficar lá em casa :)... Mal sabia eu...
Irra que pessoa cheia de taras... dizia que nunca tinha fome, devia ser para não incomodar... mas quando via um prato na frente –Zás pás – já tás!!!
Banhos era de àgua gelada, nem abria a torneira de àgua quente... nem sei o que estas dão lá pa Londres... as nossas são inofensivas!!!!
Roupa para lavar tb nunca tinha... arrefanhava tudo e metia na mala... A mãe deve ter desmaiado quando a abriu...
Depois tinha uma coisa que odiava... íamos ao café ou beber um sumo ou um café, ele nunca queria nada, mas após alguma insistência lá pedia alguma coisa, mas assim que terminava... zunga nunga!!! Punha-se logo à porta, como se já estivesse despachado... resumindo... a conta era sempre pá mesma... comecei a pensar que era nisto que ele arranjava o dinheiro para correr o mundo... Irlanda, Portugal, Espanha, França, Vietnam, Japão... enfim... “Tenho que começar a fazer o mesmo aos meus amigos” pensei... “Ele é que a sabe toda!!! É por isso que nunca vou a lado nenhum...”
Uma noite quase que desmaiei de sono com ele... trazia uma maquineta de detectar metais, (adora coisas antigas, e fazia restauros no palácio da rainha), então levei-o à praia da Torre andou até às 3 da manhã na areia para cá e para lá e de volta da barraquita dos gelados, ora uma moeda ora uma carica.... E eu ali quase de rastos na areia a babar-me de sono...
Enfim... o dia da sua partida foi sem dúvida um dia de muita alegria!!!
Gosto dele, é meu primo, mas a sua tacanhês, mesquinhice, e pancadas... fazem mais falta lá para os Ingliús.
Namora com uma rapariga do Vietnam, creio que está para casar, e trabalha numa empresa de informática.
Beijocas Paul, espero que te tornes mais tolerante com a tua mãe e irmã e também com o mundo.
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