segunda-feira, maio 07, 2007

DESAFIO

Pode dizer-se que é um crime... conspurcação da nossa cultura.... chamem-lhe o que quiserem... eu acho que a nossa literatura tem de ser actualizada, e como tal... do famoso soneto que todos conhecemos eu tentei a minha sorte.

Desafio a todos vós a fazer o mesmo, deixarei nos comentários dois sonetos originais para que tentem a vossa sorte.... mas vejam lá não façam os poetas dar umas voltinhas na tumba!!!

Cantiga
Descalça vai para a fonteLeonor,
pela verdura;
vai ranhosa e não segura.

Leva na cabeça um bote,
e cesto nas mãos que lata!!
cinta larga de escarlata,
mais parece cachalote;
traz a vaquinha no bote,
mais branca que a neve pura;
vai ranhosa e não segura.

Descobre o muco na garganta,
cabelos de louro estragado,
fita cor de burro ao fugir
tão feia que o mundo espanta!
chove nela tanta banha
que dá folga à formosura;
vai ranhosa, e não segura.
 
posted by Peste at 8:23 da manhã, |

11 Pestinhas:

Descalça vai para a fonte
Leonor, pela verdura;
vai formosa e não segura.

Leva na cabeça o pote,
o testo nas mãos de prata,
cinta de fina escarlata,
sainho de chamalote;
traz a vasquinha de cote,
mais branca que a neve pura;
vai formosa e não segura.

Descobre a touca a garganta,
cabelos de ouro o trançado,
fita de cor de encarnado…
tão linda que o mundo espanta!
chove nela graça tanta
que dá graça à formosura;
vai formosa, e não segura.

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Amor é fogo que arde sem se ver

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
  At 8:43 da manhã Blogger SAM said:
Areia é lubrificante que arde sem se ver;
dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina pra doer;

É um não querer mais que bem querer;
É fodido andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar fugir por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu ardor?
Nos cús humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo é a dor?
LOLOLOLLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOL
beijo!
Hemorróidas é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e se sente;
É uma peidola descontente;
É dor que desatina de tanto doer;

É não querer mais que não sofrer;
É solitário andar de perna aberta por entre a gente;
É nunca poder sentar-se contente;
É cuidar que se grita e se deita tudo a perder;

É ter de estar preso com vontade;
É querer arriar o calhau sem pudor;
É ter de reter o que nos mata sem lealdade.

Mas como cagar com feridas
Na peidola humanas que arde,
Se tão contrário a si são as Hemorróidas?
Rafeiro - imaginação não te falta hehehe tás a ganhar a bicicleta sem travões!!!
eheh!! Pobre da ranhosa Leonor, que nem imaginava que uma simples constipação demorasse tantos anos!

Não me arrisco a fazer um poema, pois é muito perigoso, a avaliar pelo olho que o outro perdeu e pelo senhor que está sentadinho, petrificado no meio da rua. Isto de ser poeta hoje em dia é uma grande canseira!

eheh!! Saudações infernais!
De Alfa vai para a ponte
Leonor, pela a aventura
137cv, adrenalina pura.

Na cabeça um laçarote
A mão direita engata
o pé que se deita na chapa
entorpece e dá o mote
para o ribombar a galope
do boxer em plena atura
137cv, adrenalina pura.

Agora como ele canta
o motor já entoado
desordeiro endiabrado
Leonor a todos espanta
pois não há quem mais a encanta
que o fulgor da viatura
137cv, adrenalina pura.
Aqui vai a minha contribuição...


Já com os copos
Leonor vai ao bar
vai aos tombos e a cantar.

Leva na cabeça uma bandelete,
a mala vai no braço,
um cinto cor d'aço.
Mais parece a menina Graciete
manecure no salão da Odete
lá para os lados de Tomar
vai aos tombos e a cantar.

Descobre um vinhito na lista
que ainda não tinha tragado,
bem escuro e encarnado...
tão bom com uma sandes mista!
bebe-o não apenas com a vista
que prazer dá embebedar;
vai aos tombos e a cantar.
  At 12:13 da tarde Blogger SAM said:
Passei aqui pra te deixa umbeijo!
  At 1:41 da tarde Blogger Lu.a said:
Fazer um poema??! Ui, nem me atrevo...
Soneto? Mas qual soneto? Eu gosto é de sonata na cama. Isso é pra já.
  At 8:25 da tarde Blogger Lua said:
Agora é k me tramaste, não tenho jeito para a escrita poetica, eu é mais adivinhas... mas gostei das versões apresentadas.